Por muito tempo acreditou-se que pedras não caíam do céu. Essa ideia foi amplamente discutida até o século XIX, apesar de já existirem relatos de meteoros desde o século VI a.C. O primeiro registro documentado de queda de um meteorito ocorreu em 16 de novembro de 1492, próximo à cidade de Ensisheim, na Alsácia.
A verdadeira natureza desses fenômenos foi reconhecida pelo físico alemão Ernest Chladni em 1794. Contudo, sua interpretação só ganhou aceitação científica após a queda do meteorito de l’Aigle, na França, em 26 de abril de 1803, evento documentado pelo físico francês Jean Biot.
O meteoro é o fenômeno luminoso que ocorre quando fragmentos espaciais entram na atmosfera terrestre em altíssima velocidade e se incendeiam devido ao atrito com o ar. Já o meteorito é o fragmento que sobrevive a essa travessia e pode ser coletado na superfície da Terra. Eles são classificados de acordo com sua composição, podendo variar de silicatos carbonáceos até ligas de níquel e ferro.
O meteoróide, por sua vez, é o “candidato” a meteoro: um corpo que ainda não entrou em combustão na atmosfera, mas que já foi capturado pela gravidade terrestre e se encontra em órbita de colisão.
Uma característica marcante dos meteoros é sua extrema rapidez, durando apenas alguns segundos. Em contraste, os cometas podem ser observados por dias ou até meses, movendo-se lentamente pelas constelações. Sua composição é formada principalmente por gelo seco (CO₂ sólido), amônia (NH₃) e gelo de água (H₂O), além de outros materiais em menor escala.
Já os asteroides são grandes rochas espaciais que precisam ser monitoradas constantemente, pois alguns possuem dimensões capazes de representar risco à sobrevivência humana. Programas como o LINEAR e o NEAT são responsáveis por catalogar e acompanhar esses objetos.
Assim, cada um desses corpos celestes — meteoros, meteoritos, meteoróides, cometas e asteroides — desempenha um papel fundamental na compreensão do universo e na história da astronomia.
Referência
MOURÃO, Ronaldo Rogério de Freitas. Dicionário enciclopédico de astronomia e astronáutica. 2. ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1995. p. 534.